Terrorismo laboral ou terrorismo patronal ?...
Apresentamos em seguida a transcrição da resposta de um companheiro da AIT - Sp /Porto a um comentário postado no http://blog.5dias.net/ (onde aparece, entre outros materiais
interessantes, uma descrição bastante completa do que foi o boicote na
passada quinta-feira, 25 de Julho, no Porto ao Minipreço da Rua Miguel Bombarda comentário esse que alude a um possível "terrorismo laboral" por parte dos trabalhadores !!!???
"Terrorismo
laboral" é:
- Negar DIREITOS legais aos trabalhadores - e/ou o que
(já)não são "direitos legais" mas reivindicações LEGÍTIMAS dos
trabalhadores - e não esqueçamos que se fizéssemos o culto de tudo o que é
LEGAL mas NÃO É LEGÍTIMO ...ainda estaríamos no 24 de Abril (ainda que pareça
que para lá nos querem encaminhar...);
-Exercer sobre os trabalhadores represálias por utilizarem o
seu direito à greve - ou por resistirem a atropelos aos seus direitos por parte
das "entidades patronais";
- Negar aos trabalhadores a jornada de trabalho de 8 horas ,
através do expediente das horas extras - fazendo-os , no interesse exclusivo da
administração das empresas trabalhar 10 e mais horas e não as pagando como tal
mas sim "compensando-os" com o "banco de horas" quando a
administração quiser;
-Negar aos trabalhadores feriados obrigatórios ( como no dia
de S.João no Porto) e /ou pagá-los como se dias normais de trabalho se
tratassem;
-Enganar ( e assustar) os trabalhadores com alarmes falsos
de fim de contratação, como forma de evitar que eles exijam os seus direitos ou
por mero desleixo e falta de organização dos serviços administrativos;
- Manter a precariedade laboral ao longo de meses e anos
como forma de chantagem para que não lutem pela sua DIGNIDADE e pelos seus
legítimos anseios e direitos;
-Assediar constantemente as jovens trabalhadoras,fazendo
depender .do resultado desse assédio o prolongamentos ou não dos seus contratos
a prazo ..
Ora, tudo isto se passa não só no MINIPREÇO mas na
generalidade das empresas, sejam elas do comércio, da indústria ou dos
serviços...
Acrescentemos ainda outra forma de TERRORISMO LABORAL
( ou PATRONAL?!...) , mais comum em sectores industriais - e sobretudo na
Construção Civil: a "poupança " nas condições de Higiéne e Segurança
por parte da entidade patronal (para além do uso e abuso do trabalho
extrordinário) que tem contínuamente originado "acidentes" , muitos
deles mortais, aos trabalhadores...-mas para o patronato não faz mal, -não é?-
há tantos desempregados!...
J.R.,trabalhador anarco-sindicalista da AIT-SP , Porto
"
a esses 4 trabalhadores quero dizer que alturas há em que nos sentimos sózinhos,e sem apoio de quem tinha obrigação de estar na mesma trincheira.o método da transfer~encia já é para vos isolar.não esmoreças,afinal já deste o passo que entendeste como o certo,vai até ao fim.mais vale morrer de pé sozinho, do que ver o chefe a levar pr´mios por viveres vergado...
ResponderEliminarMas "ainda a procissão vai no adro"... Olha se a ideia dos BOICOTES (ou greve aos consumos ) pega, aí estará o verdadeiro ponto de união entre os trabalhadores com trabalho, que em princípio podem fazer greve, e os DESEMPREGADOS e REFORMADOS.
ResponderEliminarAí está algo que os defensores "da unidade de todos os portugueses honrados" (ou dos "governos patrióticos de esquerda") temerão como o gato a água: a UNIÃO TRABALHADORES/CONSUMIDORES(UTENTES)contra patrões, governos e quem com eles se "conserta"!...
JP.