Em 1937, 4 de Julho, um grupo de homens decididos, entre eles o anarco-sindicalista, militante da CGT/AIT portuguesa, Emídio Santana, levavam a efeito um atentado ao ditador Salazar.
Não tendo tido o efeito que se esperava pois a carga colocada num contentor onde o carro do Salazar passava não tinha ficado na posição que deveria, logo o regime fascista levou a efeito uma autêntica caça ao homem, perseguindo, prendendo e torturando a esmo, inclusivamente pessoas que "confessaram" a participação no atentado mas que de facto nada tinham a ver com ele... Emídio Santana haveria de ser preso quando procurava fugir de barco para Inglaterra (a polícia inglesa entregou-o à polícia política salazarista - a então PVDE - "pevide" na gìria popular) e passou 16 anos preso.
Recentemente têm surgido alguma publicações sobre o assunto - nomeadamente o livro "“1937 – O ATENTADO A SALAZAR”, da autoria de João Madeira, recentemente apresentado em Grândola pelo núcleo da AJA de Grândola.
Mas o livro do próprio Emídio Santana, que sobreviveu ao ditador (tendo falecido em 1988), ele próprio um dos autores do atentado, continua a ser a memória documental mais viva sobre o acontecimento. Recomendamo-lo e temo-lo à disposição para consulta na Biblioteca da nossa sede no Porto.
PARA QUE A MEMÓRIA LIBERTÁRIA NÃO SEJA NEM APAGADA NEM BRANQUEADA!
(mais informações relativas a este tema podem ser encontradas no blog dos companheiros do Coledctivo Libertário de Évora)
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