Donos de Portugal é um documentário de Jorge Costa sobre cem anos de poder económico. O filme retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram a economia do país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza.
Mello, Champalimaud, Espírito Santo – as fortunas cruzam-se pelo casamento e integram-se na finança. Ameaçado pelo fim da ditadura, o seu poder reconstitui-se sob a democracia, a partir das privatizações e da promiscuidade com o poder político. Novos grupos económicos – Amorim, Sonae, Jerónimo Martins - afirmam-se sobre a mesma base.
No momento em que a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções que nos trouxeram até aqui.
Produzido para a RTP 2 no âmbito do Instituto de História Contemporânea, o filme tem montagem de Edgar Feldman e locução de Fernando Alves.
A estreia televisiva teve lugar na RTP2 a 25 de Abril de 2012. Desde esse momento, o documentário está disponível na íntegra emdonosdeportugal.net.
Donos de Portugal é baseado no livro homónimo de Jorge Costa, Cecília Honório, Luís Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas, editado em 2011 pela Afrontamento e com mais de 12 mil exemplares vendidos.
O documentário tem interesse...documental! Poderá servir para remememoriar que isto do CAPITALISMO em portugal também tem caras e nomes, tanto na sua história como na actualidade.
ResponderEliminarÉ claro que ao contrário do que os doutos Francisco Louçã, Fernando Rosas e outros doutos senhores da política e da história institucionais poderão dizer no tal livro bem vendido (e quem lucrou com a sua venda?!...), poderemos hoje perguntar, como na canção do Sérgio Godinho de 74 e 75, "afinal quem são os donos deste país?"... - xs verdadeirxs,xs usurpadxs,xs roubadxs,xs exploradxs,xs dominadxs, manipuladxs, etc..., como diria o anarquista Proudhon- ? Não serão xs que tudo fazem e nada têm -para além das "medidas de austeridade", os baixos salários -os tais que correspondem a cerca de 44% vezes menos, em média do que os "ordenados" chorudos dos senhores gestores-,os "cortes", os "congelamentos" na legislação laboral...
Pois é, pois é...TRABALHADORAS/ES, precárixs ou não, OU partimos do velho e bom princípio cantado na "Internacional" original "não somos nada, sejamos tudo!"("Nous ne sommes rien- soyons TOUT!...")OU continuaremos a ver OS LADRÕES LEGAIS a serem DONOS DE TUDO O QUE XS TRABALHADORAS/ES FAZEM ... Não serão afinal estas e estes xs verdadeirxs "donos" da nossa pátria comum, DO MUNDO INTEIRO?...
Z.Nero