quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Manifesto - Porra que já chega !


 PORRA QUE JÁ CHEGA!

E agora, com mais este pacote, ficamos quietos?

1 – O assalto prossegue e eles estão confiantes de que o pessoal vai engolir, mesmo gritando e resmungando;

2 – Do governo não há mais nada a esperar; o PS é faz parte do problema e não vale a pena esperar que se arrependa como alguns aldrabões nos querem fazer acreditar;

3 – A pastosa CGTP aponta para 14/11 (daqui a 41 dias!!!) uma greve geral para cumprir o seu calendário, a sua rotina, pois todos os anos arranja greve ou manif antes das férias do natal para depois retomar em fevereiro. Os sindicatos gregos convocam greves gerais para 10 dias depois e não julguem que os burocratas sindicais gregos são coisa que se cheire;

4 – O ferro malha-se enquanto está quente. A CGTP só quer dar um ar da sua graça, salvar a face perante os seus crentes, sem prejudicar o bem-estar dos seus burocratas; a última coisa que pretende é o agravamento da tensão social, pois sabe que perderia o seu papel tradicional de controlo do descontentamento, outorgado em 1974, como se sabe;


5 – Por outro lado, amanhã há um número na AR – moções de censura - considerada pelo governo e por Bruxelas um simples circo para entreter as crianças. O filme já é conhecido; a esquerda do sistema fala, acusa, certamente com argumentos muito válidos mas, o partido-estado, PSD/PS e o apêndice CDS dão a iniciativa como falhada, naturalmente, como manda a troika e o Ricardo Salgado. E nós, meus caros, ficamos a assistir à palhaçada?

6 – O que compete aos deputados da dita esquerda, se o fossem?

6.1 – Abandonar a AR, que desrespeitada como está a ser pelo governo e pela suserania externa, é objeto de um golpe anti-democrático a favor dos credores externos. Claro que isso iria molestar a boa vida dos ilustres deputados mas, certamente que agitaria o povo e contribuiria para uma espiral da revolta que é necessária, muito para lá do que aconteceu em 15 de setembro;

6.2 –Juntarem-se nas principais cidades e convocarem o povo para derrubar o regime cleptocrático, ocupando todos os órgãos do poder e lançar as bases para uma refundação democrática;

7 - Os polícias que se mostram tão solidários com o povo teriam uma oportunidade de se oporem aos colegas de intervenção; e militares que tanto se preocupam com a soberania e o povo mostrariam que não são reles mercenários;

8 - Continuar a comer e a resmungar sem uma refundação democrática é garantir, por enquanto um prato de Nestum ao jantar. E, para breve, um prato cheio de nada;

9 - Que tal uma ação consistente, prolongada, decidida para acabar com o regime cleptocrático, mudar de paradigma e refundar a democracia? Para muito breve, contra o governo e a troika e mesmo contra os caciques da esquerda de pechisbeque.


GRAZIA TANTA

1 comentário:

  1. O que eu tenho mais medo é uma revolução (seja ela de que ordem for) feita por polícias/militares, irá ser o quase fim da esperança...

    A CGTP é uma UGT não assumida e têm as duas o mesmo objetivo que é manter o sistema: enquanto que a UGT assume-se como procuradora de tachos, e caga-se se as manifs ou outras coisas são violentas ou frequentes, a CGTP não é assumida mas é uma autoritária de rua assumida, quer controlar tudo para lhe garantir o tacho!!

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